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quarta-feira, 11 de maio de 2016

MINHA CELA: ESCRITOS DE UM ARTIR.

BEATO FREI TITO BRANDSMA, O. CARM.
(Tradução: frei Bento Caspers, O. Carm. e Dom Vital Wilderink, O. Carm.)

Sábado, 31 de janeiro de 1942.
Ainda tenho que retificar alguma coisa daquilo que escrevi antes. Eu não posso dizer que não ganho carne, na quarta e quinta -feira havia carne na sopa e no purê de batatas. A carne moída estava misturada neles, mas não era assim em abundância, porém eu vi carne.
Quinta-feira de manhã, dia 29 de janeiro, era o dia do padroeiro dos jornalistas, São Francisco de Sales, o manso. Primeiro eu tinha limpado bem o meu cachimbo e no momento que o acendia para fazer o meu pas­seio matinal, veio um soldado alemão com "etwas Neues" (uma novida­de). Eu deveria entregar o fumo e os charutos, o cachimbo e os fósforos. Eu não poderia mais fumar. Ainda bem que pensei no manso Francisco de Sales, senão teria dito, talvez, uma palavra menos amigável. Esvaziei o meu cachimbo e entreguei tudo.

O soldado ainda me disse cheio de dó, que ele não tinha culpa nisso. Sim, isso eu compreendi perfeitamente. Para me consolar, ele disse que as outras coisas que me havia trazido eu po­deria guardar. Felizmente, pois delas tiro maior proveito, mesmo que o ca­chimbo e o charuto me façam falta. Agora já me acostumei e não sinto mais necessidade disso. Já foi uma grande coisa eu poder ter fumado nos primeiros dias mais difíceis.

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