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sexta-feira, 27 de junho de 2014

OBEDIÊNCIA E CASTIDADE: RETIRO COM FREI PETRÔNIO DE MIRANDA.


ORDEM TERCEIRA DE LIMEIRA/SP.
Encontro sobre a Espiritualidade Carmelitana.
Dias 28 e 29 de junho-2014.
Com Frei Petrônio de Miranda, 0. Carm
(E-mail do Frei: missaodomgabriel@bol.com.br)
1º Tema: Obediência e Castidade na vida do Terceiro Carmelita.

O espírito da Ordem é, naturalmente, a observância da regra. Um terceiro, sendo uma pessoa religiosa, vivendo os desafios do dia a dia, procura seguir Jesus Cristo e contrai deveres diante de Deus, deveres sérios, sagrados e, por isso é obrigado a cumpri-los sob pena de exclusão da fraternidade. A vida de um terceiro é, por isso, diferente da vida de um leigo ou leiga não consagrado (a).
Para o leigo Carmelita, o voto de obediência se intitula primariamente para aceitação da obediência dos estatutos da regra e da Província Carmelitana de Santo Elias. Como um ponto de clareza, o voto da obediência não significa que se torna submisso. Entretanto, ele realmente implica cultivar uma atitude de legitimidade tanto quanto um sério compromisso com os pedidos do diretor provincial em assuntos relacionados com a vida de um leigo Carmelita, como consolidar na regra e estatuto do Sodalício. Pela virtude do voto de obediência, o terceiro carmelita deve obedecer aos superiores da ordem e o assistente espiritual do grupo em tudo que é pedido a eles a fazer, de acordo com a regra para sua própria vida espiritual.
A obediência é a alma da vida do terceiro e da terceira carmelita; é o caminho mais seguro e mais curto para chegarmos à Santidade; é de todos os meios, mais eficaz para domarmos as nossas paixões; para submetermos e sujeitarmos a nossa vontade a vontade de Deus e para nos imolarmos inteiramente à sua gloria. Santa Teresa dizia a suas religiosas: - “Eu olho, como a graça mais preciosa, passar um só dia no exercício da humildade e da obediência, do que passar muitos dias em oração contínua... A alma não terá vantagens das longas orações, sem obediência e caridade”...
A obediência e a humildade são tanto mais admiráveis quanto mais elevadas são por natureza, as pessoas que obedecem e se humilham, e quanto mais baixo se colocam por sua livre escolha. A obediência e a humildade são a base essencial de todo o edifício espiritual, a guarda de toda a virtude, de tal modo que, sem elas, a virtude se corrompe e não passa duma impostura. A obediência é para nós, cristãos, e, principalmente para nós terceiros, uma coisa séria para chegarmos à presença de Deus.
Obediência não significa que a pessoa deva perder ou abdicar a sua vontade. Significa, ao contrário, ativar a própria vontade ao máximo, até ela estar em conformidade total com a vontade de Deus. Deste modo, a pessoa imita a Jesus que disse: "Nada faço por mim mesmo, mas falo como me ensinou o Pai... Faço sempre o que lhe agrada" (JO 8,28-29; JO 3,11; 8,38). "Quem me vê, vê o Pai!" (Jo 14,9).
Foi por obediência que Jesus morreu na cruz. Foi por obediência que o profeta Elias encontrou com o senhor Deus, (1º Reis, 19, 9-14). Foi por obediência que Santa Teresinha do Menino Jesus encontrou o caminho da santidade no Carmelo de Lisieux, na França. Graças à obediência São Pedro lançou as redes ao mar. (Lc 5, 5). Enfim, foi através da promessa da obediência que nós, frades, freiras, leigos e leigas carmelitas, nos consagramos a Deus. Portanto, quebrar tal compromisso é afirmar que estamos fora desta família mariana e Eliana.       

Castidade.
A Castidade é vivida de maneira diferente de acordo com o estado de vida que a pessoa tiver escolhido: casada ou solteira. Para todos, significa viver o amor em plenitude. A vivência da castidade ajuda a pessoa a estar disponível para Deus e para os irmãos e as irmãs e, assim, ser um sinal do futuro que Deus oferece a todos. Não significa que a pessoa não casada deva viver frustrada ou complexada, como se não fosse plenamente humana. Pelo contrário! Significa ativar a amizade e o amor ao máximo, a ponto de poder irradiar o amor de Deus para todos com que convive. Deste modo, a pessoa imita a Jesus que disse: "Não chamo vocês de empregados, porque o empregado não sabe o que faz o seu patrão; mas eu chamo vocês de amigos, porque tudo que ouvi do meu Pai dei a conhecer a vocês!" (JO 15,15).
O voto de castidade para um leigo Carmelita está baseado não apenas em uma promessa- promessas muitas vezes se quebra. Não, o nosso compromisso evangélico vai mais além, ele tem uma profunda obrigação espiritual carmelitana para cumprir a Lei de Deus do 6º- mandamento, “Não pecar contra a castidade” e do 9º, “Não desejar a mulher do próximo”. Tendo como pano de fundo a vivência de tais mandamentos, o terceiro e terceira carmelita dedica esta finalidade de uma maneira especial a Deus e a Nossa Senhora. Em outras palavras, a profissão da promessa do voto de castidade é um sério compromisso que se faz a Deus para observar a regra da Ordem dos leigos Carmelitas até a morte!
Entre os conselhos finais que São Paulo dá a Timóteo, na primeira carta que lhe escreveu, está o seguinte: Conserva-te puro ou, “torna censurável por terem rompido o seu primeiro compromisso”. (1Tm 5, 12). 
Os Terceiros do Carmo têm seu estímulo na pureza da Virgem Maria- A Senhora do Carmelo, que procuram glorificar por um voto feito a Deus. Quando a gloria de Maria foi a sua pureza virginal, a castidade dos Terceiros deve ser também a sua gloria.
Se casado-como casado ele vive casto e puro, no próprio uso dos direitos que lhe são concedidos pelo santo matrimônio, ele comporta-se como pessoa espiritual; o sacramento do matrimônio, mesmo nos justos direitos que lhe são permitidos.
Se solteiro-como solteiro ele se comporta diante de si mesmo e dos demais como pessoa espiritual, casta e pura, torna-se até muito mais livre e desimpedida para dedicar-se a Deus e às coisas de Deus e se ele chegar à renúncia total e livre aos direitos do matrimônio é porque ele vislumbrou o valor, a excelência e grandeza de sua imolação. Para os Carmelitas Seculares solteiros a castidade em seu estado é também uma prática que o exercita na preparação para o casamento ou para a consagração total a Deus e às causas de Deus, seja numa Ordem ou Congregação Religiosa seja por uma vida consagrada no mundo.
Finalizamos dizendo que a observância do voto de Obediência e da Castidade, é o comprometimento mais certo, seguro e sério com os conselhos evangélicos, que os faz aproximar mais perto de Cristo, modelo e exemplo do ponto de união entre nós, filhos e filhas do Profeta Elias e Nossa Senhora do Carmo.
PARA REFLETIR:
1º Os votos de obediência e de castidade me ajudam a viver a alegria de ser carmelita ou me torna uma pessoa insoça, açúcada demais a ponto de ser enjoativa, insuportável e arrogante? (Lc 1, 46-56).  
ARTIGOS CARMLITAS, FOTOS E VÍDEOS DA ORDEM TERCEIRA. ACESSE:


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