III Assembleia Geral Extraordinária do
Sínodo dos Bispos sobre a Família
Tema: "Os desafios da família no contexto da evangelização".
Data: Outubro de 2014. Local: Roma.
O
Vaticano enviou às dioceses do mundo o documento preparatório da III Assembleia
Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, com o título
"Os desafios da família no contexto da evangelização", convocada pelo
Papa Francisco para outubro de 2014. As respostas devem ser devolvidas até o
final de janeiro do próximo ano.
Questionário do Sínodo
As
seguintes perguntas permitem às Igrejas particulares participar ativamente na
preparação do Sínodo Extraordinário, que tem a finalidade de anunciar o
Evangelho nos atuais desafios pastorais a respeito da família.
1 - Sobre a difusão da Sagrada Escritura
e do Magistério da Igreja a propósito da família
a)
Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, da Gaudium et Spes, da
Familiaris Consortio e de outros documentos do Magistério pós-conciliar sobre o
valor da família segundo a Igreja católica? Como os nossos fiéis são formados
para a vida familiar, em conformidade com o ensinamento da Igreja?
b)
Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja é aceite integralmente. Verificam-se
dificuldades na hora de o pôr em prática? Se sim, quais?
c)
Como o ensinamento da Igreja é difundido no contexto dos programas pastorais
nos planos nacional, diocesano e paroquial? Que tipo de catequese sobre a
família é promovida?
d)
Em que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é realmente
conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes extra-eclesiais?
Quais são os fatores culturais que impedem a plena aceitação do ensinamento da
Igreja sobre a família?
2 - Sobre o matrimônio segundo a lei
natural
a)
Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos planos
institucional, educativo e acadêmico, quer a nível popular? Que visões da
antropologia estão subjacentes a este debate sobre o fundamento natural da
família?
b)
O conceito de lei natural em relação à união entre o homem e a mulher é
geralmente aceite, enquanto tal, por parte dos batizados?
c)
Como é contestada, na prática e na teoria, a lei natural sobre a união entre o
homem e a mulher, em vista da formação de uma família? Como é proposta e
aprofundada nos organismos civis e eclesiais?
d)
Quando a celebração do matrimônio é pedida por batizados não praticantes, ou
que se declaram não-crentes, como enfrentar os desafios pastorais que disto
derivam?
3 - A pastoral da família no contexto da
evangelização
a)
Quais foram as experiências que surgiram nas últimas décadas em ordem à
preparação para o matrimônio? Como se procurou estimular a tarefa de evangelização
dos esposos e da família? De que modo promover a consciência da família como
“Igreja doméstica”?
b)
Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à
complexidade da vida e da cultural contemporânea?
c)
Na atual situação de crise entre as gerações, como as famílias cristãs souberam
realizar a própria vocação de transmissão da fé?
d)
De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar
souberam criar percursos exemplares?
e)
Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram oferecer, em
ordem à difusão de uma visão integral do casal e da família cristã, hoje
credível?
f)
Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em
formação e dos casais em crise?
4 – Sobre a pastoral para enfrentar
algumas situações matrimoniais difíceis
a)
A convivência ad experimentum é uma realidade pastoral relevante na Igreja
particular? Em que percentagem se poderia calculá-la numericamente?
b)
Existem uniões livres de fato, sem o reconhecimento religioso nem civil?
Dispõem-se de dados estatísticos confiáveis?
c) Os separados e os divorciados
recasados constituem uma realidade pastoral relevante na Igreja particular? Em
que percentagem se poderia calculá-los numericamente? Como se enfrenta esta
realidade, através de programas pastorais adequados?
d)
Em todos estes casos: como vivem os batizados a sua irregularidade? Estão
conscientes da mesma? Simplesmente manifestam indiferença? Sentem-se
marginalizados e vivem com sofrimento a impossibilidade de receber os
sacramentos?
e)
Quais são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja, a
propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação? Entre as pessoas
que se encontram em tais situações, quantas pedem estes sacramentos?
f)
A simplificação da praxe canônica em ordem ao reconhecimento da declaração de
nulidade do vínculo matrimonial poderia oferecer uma contribuição positiva real
para a solução das problemáticas das pessoas interessadas? Se sim, de que
forma?
g)
Existe uma pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta
atividade pastoral? Existem programas a este propósito, nos planos nacional e
diocesano? Como a misericórdia de Deus é anunciada a separados e divorciados
recasados e como se põe em prática a ajuda da Igreja para o seu caminho de fé?
5 - Sobre as uniões de pessoas do mesmo
sexo
a)
Existe no vosso país uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do
mesmo sexo, equiparadas de alguma forma ao matrimônio?
b)
Qual é a atitude das Igrejas particulares e locais, quer diante do Estado civil
promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas
envolvidas neste tipo de união?
c)
Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade
com este tipo de união?
d)
No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adotaram crianças, como é
necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé?
6
- Sobre a educação dos filhos no contexto das situações de matrimônios irregulares
a)
Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em
relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas?
b)
Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os
sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensinamento da religião em geral?
c)
Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas
crianças, de oferecer uma educação cristã aos próprios filhos?
d)
Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a
administração do sacramento e o acompanhamento?
7 - Sobre a abertura dos esposos à vida
a)
Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da Humanae Vitae a
respeito da paternidade responsável? Que consciência têm da avaliação moral dos
diferentes métodos de regulação dos nascimentos? Que aprofundamentos poderiam
ser sugeridos a respeito desta matéria, sob o ponto de vista pastoral?
b)
Esta doutrina moral é aceite? Quais são os aspectos mais problemáticos que
tornam difícil a sua aceitação para a grande maioria dos casais?
c)
Que métodos naturais são promovidos por parte das Igrejas particulares, para
ajudar os cônjuges a pôr em prática a doutrina da Humanae Vitae?
d)
Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da
penitência e na participação na Eucaristia?
e)
Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da
Igreja e a educação civil?
f)
Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o
aumento dos nascimentos?
8 - Sobre a relação entre a família e a
pessoa
a)
Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar
privilegiado para que isto aconteça?
b)
Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um
obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo?
c)
Em que medida as crises de fé, pelas quais as pessoas podem atravessar, incidem
sobre a vida familiar?
9 - Outros desafios e propostas
a)Existem
outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados neste questionário,
sentidos como urgentes ou úteis por parte dos destinatários?
Para onde enviar as respostas:
O questionário respondido pode ser
enviado para os seguintes endereços:
Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil – CNBB
SE/Sul
Quadra 801 Conjunto “B”
70.200-014
BRASÍLIA
– DF
Nunciatura Apostólica no Brasil
SES
Avenida das Nações quadra 801 lote 1
CEP:
70.401-900 - Brasília / DF
Caixa
Postal 153 CEP: 70.359-970
E-mail:
nunapost@solar.com.br
Secretaria da Diocese
O
questionário com as respostas também pode ser entregue na secretaria de sua
diocese.
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