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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A arte na sociedade unidimensional

Herbert Marcuse

Tratar a arte em seu sentido mais geral
Linguagem da arte – não só a da palavra
Morte da linguagem tradicional – já não consegue comunicar
Única linguagem revolucionária – a linguagem da arte
Radical demais em avaliar o poder da arte
As obras, como o Partenon Grego, a avaliar pela realidade ocidental, não vale o sangue e a lágrima de um só escravo

Qual a razão da agonia da arte em nosso tempo?
Os conceitos tradicionais são insuficientes
Crise atual da arte faz parte de uma crise geral da oposição política e moral à essa sociedade
Uma linguagem nova, poética e revolucionária
Tese surrealista – linguagem da arte é a única que não sucumbe ao poder
A linguagem poética está infestada e infectada
A arte, por si mesma, tende para a dimensão política sem abandonar a forma específica de arte

 
A dimensão estética vai perdendo seu simulacro de independência
Buscar a satisfação qualitativamente diferente, de novos objetivos
A era da barbárie não durará para sempre
Colocar  a energia sensual e apaziguante – evitar que seja subjugadas
Qual o papel? Negação da realidade estabelecida através da estética

A razão e a verdade da arte estão na sua irrealidade, na sua utopia
A arte poderia realizar-se somente sendo ilusão
A arte como dotada de uma verdade intrínseca, revelada pela linguagem
Existem coisas que são intrinsecamente estéticas
A arte descobre e libera o domínio da forma sensível
Sensação do objeto como visão e não como objeto familiar
Experimentar o devir do objeto

 Liberação do objeto do automatismo da percepção
Grande medida da potência estética do silêncio
A estética como dimensão além da arte, da realidade
Não terá chegado o momento de unir estética e política?
Para fazer da sociedade uma obra de arte
A arte não cumpre a transformação, mas libera percepção e sensibilidade para ela

Pressupões mudanças fundamentais na sociedade
Receptividade para a beleza e a atividade do conhecimento parecem opostas
Hegel – organização racional para a harmonia entre geral e particular
Conferir ordem à matéria para conceder-lhe um fim
Arte como ilusão – apresenta como existente aquilo que não é

Provê a realidade miserável de um gratificação substitutiva
Beleza, dor, amargura – se convertem em beleza
Como catarse, purificação, transe
Dessublimar o horror e a alegria
O terror da realidade impede a criação da arte? Não

O que justifica a futilidade da arte de hoje é o seu caráter totalitário e unidimensional de nossa sociedade?
A arte é histórica – a situação e função dela está mudando
Real e realidade como domínio prospectivo da arte
Condições para a criação do belo, como expressão e objetivo de um novo sistema de vida

Não uma arte política, não a política como arte – arquitetura de uma sociedade livre
Hoje pode ajudar a libertar o inconsciente e o consciente mutilados
A mudança real é do âmbito da política – o artista participa como cidadão

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