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sexta-feira, 10 de maio de 2013

MARIA NA EXPERIÊNCIA DO CARMELO.


INSTITUTUM CARMELITANUM- Comissão Internacional Carisma e Espiritualidade.
NAS SENDAS DO CARMELO - PROGRAMAS FORMATIVOS. N. 5


«Os grandes místicos carmelitanos entenderam a experiência de Deus na própria vida como um “caminho de perfeição” (Santa Teresa de Jesus), como uma “subida do monte Carmelo” (São João da Cruz).
Neste itinerário está presente Maria. Ela - invocada pelos Carmelitas como Mãe, Padroeira e Irmã - torna-se, enquanto Virgem puríssima, modelo do contemplativo, sensível à escuta e à meditação da Palavra de Deus e obediente à vontade do Pai, por meio de Cristo no Espírito Santo.
Por isto no Carmelo, e em toda a alma profundamente carmelitana, floresce uma vida de intensa com
unhão e familiaridade com a Virgem Santa, como “maneira nova” de viver para Deus e de continuar aqui na terra o amor do Filho Jesus a Maria sua Mãe» (João Paulo II, Discurso do “Angelus”, 24 de Julho de 1988).

OBSERVAÇÕES GERAIS

1- Nossa vida carmelitana, como parte integrante da vida da Igreja, é eminentemente cristocêntrica, tendo desenvolvido a esta luz a sua dimensão mariana, ainda que, em alguns lugares ou épocas, tenham sido cultivadas práticas que não evidenciavam tal aspecto.

2-Para garantir uma formação mariana sólida e esclarecida, será conveniente dar aos noviços uma visão global da forma como Maria foi e é compreendida no Carmelo. Será para o formador também uma boa oportunidade de ‘“volta às fontes”, pois irá compreendendo sempre mais o que em cada tempo foi essencial, inspirativo, válido e o que foi cultural, limitado ao tempo e específico a uma época ou região. O mesmo deverá fazer sobre as atuais tendências da visão mariana da Ordem, no contexto eclesial pós Vaticano II.

3-O assunto deverá ser enfrentado com “calor” e não friamente. Não se trata de fazer “obra de arqueologia mariana” mas de compreender a experiência vital das gerações passadas: redescobrir o passado como fonte de enriquecimento, “remarcar” os valores que estão enfraquecidos, tantas vezes porque não sabemos receber e usar a herança que nos legaram nossos irmãos.

4-Não enfrentar o conteúdo a partir de conotações morais ou psicológicas, geradoras de “clichês” e preconceitos, mas dispor-se a ver a mariologia na experiência do Carmelo. Ela é como uma mina de valores onde podemos garimpar para maior compreensão da dimensão mariana da nossa vida carmelitana. Lembrar-se de que cada aspecto que se vai estudar antes de se tornar história foi e deve ser “experiência imediata pessoal”. Por isto o estudo deve ser feito em espírito de comunhão com os irmãos do passado e do presente que nos oferecem o que para eles é um bem precioso.

5-Para tal a atitude prévia que o mestre deverá suscitar nos noviços é a de respeito aos irmãos que caminharam à nossa frente e foram fiéis a seu tempo, bem como também aos que caminham hoje junto com Maria. Com eles, além de redescobrirmos nossas fontes e seus tesouros, vamos aprender a fidelidade dinâmica à nossa dimensão mariana, para enriquecê-la com nossa contribuição no presente, rumo ao futuro.

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